tu queres histórias
e queres mitos
e desejas mundos e fundos e ladeiras por onde descer
que fundos e ladeiras e mitos e histórias são
Invernos, porque somos portuguesas e eses e esas,
e pretos,
e brancos,
quero salvar-te mas não sei de quê;
quero descobrir-te mas não sei porquê;
são mundos e margens de rios.
tu queres mitos e queres histórias e queres os mundos e fundos das lágrimas
que te choram sem apego. queres as coisas, queres ser coisista, queres que as coisas se tornem
no Ti, no Teu, no teu Deus, compras em lojas de luz, compras doces e amargas,
somos todos Portugueses, portugueseS, somos o pregão da lua apagada,
andamos às escuras, andas às escuras em busca de histórias e eu não tas posso contar,
já as esqueci,
deixa-me chorar agora,
esqueci-me das histórias, esqueci-me de que os homens são mitos primeiros e segundos,
e terceiros-quartos-milionésimos,
porquê?, tu desejas mundos e fundos e ladeiras por onde descer,
e eu choro-te esses mundos e fundos e ladeiras por onde navegar,
é o mar que nos navega, é esse bandido que nos prende.
tu queres histórias e mitos e pregões de luas apagadas-acesas-meia(luz).
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