07/11/2010
Oiço isto e ainda me arrepio. Enquanto isso acontecer, sei que não podemos desanimar. Apesar dos filhos da puta desta vida. E das outras. E de todos os males e bens que nos desejam como morte certa.
Ainda aqui estamos. Só isso é certo. E, um dia, um dia rarefeito e nervoso, mas esperançado, "havemos de ser mais, que eu bem sei". Obrigado ou não, virei para a rua gritar. Sem jargões, graus ou domínios.
Venham Mais Cinco, por Zeca Afonso
Venham mais cinco, duma assentada que eu pago já
Do branco ou tinto, se o velho estica eu fico por cá
Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-lhe a andar
De espada cinta, já crê que rei aquém de além-mar
No me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar
A gente ajuda, havemos de ser mais eu bem sei
Mas há quem queira, deitar abaixo o que eu levantei
A bucha dura, mais dura a razão que a sustém
só nesta rusga não há lugar prós filhos da mãe
No me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar
Bem me diziam, bem me avisavam como era a lei
Na minha terra, quem trepa no coqueiro o rei
A bucha dura, mais dura a razão que a sustém
só nesta rusga não há lugar prós filhos da mãe
No me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar
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