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Porque, apesar da traição, ainda estou vivo. Ainda estou aqui. No centro da tempestade, mas aqui. Apesar de tanto pontapé nas vísceras, ainda as sinto.
E o mundo é enorme. Os sapos ainda nascem. O sol ainda decresce, ao entardecer. Apesar da dívida pública e da descoberta, em Portugal, de que há um país chamado China, estamos vivos. E, um dia, longínquo, serei capaz de olhar para este agora obscuro e rir-me, ainda que tristemente.
Respiro fundo.
A one and a two...
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